6 dicas que vão melhorar a qualidade de vida de quem tem lúpus

Por Suprevida

Kim Kardashian tem. Lady Gaga também, assim como a apresentadora brasileira Astrid Fontenele.
Esses são alguns dos famosos que nos últimos dez anos assumiram conviver com o lúpus, uma doença crônica que causa inflamação e dor em praticamente qualquer parte do corpo.

Não são poucas as pessoas com convivem com essa doença. Segundo a revista Saúde, pesquisas apontam que a prevalência do lúpus varia entre 1 a cada 2 mil pessoas e 1 a cada 10 mil. Não há estudos epidemiológicos feitos aqui no Brasil, mas especialistas acreditam que os números sejam os mesmos de outros países.

De acordo com a Fundação Lúpus da América, o lúpus é uma doença autoimune, o que significa que o sistema de defesa do corpo, que normalmente é preparado para lutar contra infecções de bactérias e outros germes, passa a atacar também tecidos do organismo que são saudáveis.

Quando o nosso corpo luta contra uma infecção ou machucado, um dos resultados – normais, é claro – é uma inflamação. A inflamação é necessária para saremos de uma doença ou para que a lesão cicatrize. Acontece que o lúpus faz o sistema de defesa atacar tecido saudável do corpo, por isso aparecem inflamações em todos os tecidos que tiverem sido atacados pelas células de defesa. Pode ser a pele, as articulações ou mesmo órgãos internos como os rins e o coração.
Entre os sintomas da inflamação estão dor e inchaço. Lúpus não tem cura, o que significa aprender a viver com a doença.
Saiba: manter um estilo de vida saudável é uma parte importante de aprender a conviver com ele.
Confira algumas atitudes que poderão melhorar, e muito, a qualidade de vida de quem tem lúpus:


1. Controle o estresse
O lúpus é uma doença interessante. Tem períodos em que os sintomas simplesmente não aparecem, como se a doença tivesse entrado em remissão, e épocas em que os sintomas surgem. Os especialistas dizem que é quando os sintomas entram em atividade ou “flare”, termo em inglês. Estresse aumenta as chances de os sintomas aparecerem, por isso, o ideal é tentar manter o estresse sob controle, procurando levar uma vida o menos estressante possível. Procure identificar o que deixa você estressado. Essa é uma dica importante, por que muita gente simplesmente não sabe dizer o que as tira do sério. Identificadas as fontes de estresse, procure atividades ou maneiras de reduzi-lo. Pode ser escutar música, meditar, caminhar, cozinhar. Vale qualquer coisa.

2. Exercite-se
Exercício é bom para a saúde em qualquer circunstância. Para quem tem lúpus, mais ainda. Atividade física ajuda a manter o peso sob controle. Sabe-se que a obesidade está ligada ao aumento da inflamação no corpo. Só evite exercícios de alto impacto, que podem sobrecarregar as articulações, que geralmente padecem com o lúpus. Eis alguns exemplos de exercícios de baixo impacto: natação, ciclismo, caminhada, ioga.

3. Durma bem
Um dos “efeitos colaterais” da dor e de outros sintomas do lúpus é o cansaço. A falta de sono é uma das coisas que levam a essa fadiga. Procure dormir ao menos sete horas por noite, tomando o cuidado de ter um ambiente que o ajude a relaxar. Tirar o celular do criado mudo, fechar as janelas, ter um bom travesseiro estão entre as coisas que ajudam a pegar no sono.

4. Não se exponha muito ao sol
Estudos mostram que 2 a cada 3 pessoas com lúpus tem mais sensibilidade aos raios ultravioletas do sol. Além disso, o próprio sol é um dos gatilhos para o aparecimento dos sintomas e muitos dos remédios usados para o tratamento da doença aumentam a sensibilidade do doente aos raios solares. Quando sair de casa, não se esqueça de passar protetor solar com fator de proteção no mínimo 30 e que proteja contra raios UVA e UVB. Evite se expor ao sol nos horários de pico – entre 10h e 16h.

5. Invista em alimentos amigos do coração
Estudos encontraram uma relação entre lúpus e doenças do coração. Embora não haja uma dieta para quem convive com a doença, é bom investir em alimentos amigos do coração, como nozes, grãos integrais, azeite, peixes gordurosos como salmão e atum e aveia.

6. Discuta com seu médico sobre bebidas alcoólicas
Em princípio, é possível beber moderadamente mesmo tendo a doença. Porém, o álcool pode interferir com alguns remédios usados no tratamento do lúpus, como o metotrexato. Por isso, é importante discutir com o seu médico se a sua intenção é tomar uns drinks.