Alta taxas de açucar no sangue: alerta de diabetes

Taxas altas de açúcar no sangue levam à complicações

Diabéticos têm níveis mais altos de açúcar no sangue. Isto é fato. A hiperglicemia, ou taxa elevada de glicose no sangue, é a marca registrada da doença. Mas o que seria considerado glicemia alta? Segundo o NICE, sigla para o órgão britânico National Institute for Health and Care Excelence, há faixas em que a glicemia é considerada normal e outras em que já é possível dizer que uma pessoa tem diabetes. Veja só na tabela abaixo.

Isso significa que, se uma pessoa for fazer um exame de sangue em jejum de 8 horas e o resultado apontar para uma taxa de 126 mg de açúcar por decilitro de sangue ou mais do que isso e se, duas horas após a refeição, o resultado for de uma taxa maior do que 200 mg de açúcar por decilitro de sangue, ela será diagnosticada com diabetes. Perceba, na tabela acima, que as glicemias de uma pessoa sem a doença, nessas diferentes situações, são bem menores.
A hiperglicemia sanguínea, quando não controlada, leva a uma série de complicações ao longo do tempo. Geralmente, leva-se pelo menos dez anos (claro, varia de pessoa a pessoa) até que elas comecem a surgir.
Um dos principais efeitos colaterais da glicemia descontrolada é o dano aos vasos sanguíneos maiores e menores do corpo.

Complicações microvasculares

Elas surgem em decorrência de complicações em minúsculos vasos sanguíneos, como, por exemplo, os que irrigam os olhos. O descontrole das taxas de açúcar podem inclusive levar à perda progressiva da visão e à cegueira, pois afeta os vasículos que irrigam a retina, a parte do olho onde a imagem é formada. Por isso, essa alteração é chamada de retinopatia diabética.
Outro problema que afeta microvasos sanguíneos é chamado de neuropatia, pois danifica aqueles que alimentam os nervos do corpo. Pode levar, por exemplo, à perda de sensibilidade por causa disso, principalmente na região dos pés, e também à impotência em homens.
A neuropatia é uma das grandes causas de amputação nos dedos dos pés ou mesmo no pé todo. Como há perda de sensibilidade, muitos doentes não percebem que um cortezinho infeccionou. Com o passar do tempo, podem surgir úlceras e o tecido pode até gangrenar, exigindo a retirada do membro.
Vasinhos dos rins também podem ser afetados pela falta de controle da doença. Com o tempo, os rins podem entrar em falência e o doente necessitar de diálise.

Complicações macrovasculares

Essas afetam grandes vasos sanguíneos do corpo, como, por exemplo, os que irrigam o coração. A hiperglicemia, quando mantida por longos períodos de tempo, vai levando ao entupimento das artérias, uma condição médica que é conhecida pelo nome de aterosclerose. A redução do fluxo de sangue para o músculo cardíaco pode levar ao infarto, no caso do coração, ou a um acidente vascular cerebral, quando acontece na artéria que irriga o cérebro.