Crianças se fraturam mais em casa durante a pandemia
Por Robert Preidt
Segundo um novo estudo, durante a pandemia de coronavírus houve um aumento nas fraturas que ocorrem em casa entre crianças americanas. Em contrapartida, ocorreu uma queda de quase 60% nos ossos quebrados.
Os pesquisadores analisaram dados de 1.735 jovens tratados por fraturas agudas no Hospital Infantil da Filadélfia (CHOP) entre 15 de março e 15 de abril e compararam esses dados com o mesmo período de 2018 e 2019.
Houve um declínio de quase 2,5 vezes no número de casos diários de fraturas durante a pandemia de coronavírus, em comparação com os dois anos anteriores, descobriram os pesquisadores.
Houve uma queda particularmente acentuada nas fraturas relacionadas ao esporte. Eles representaram apenas 7,2% de todas as fraturas durante o período recente, em comparação com 26% de todas as fraturas no mesmo período em 2018 e 2019.
No entanto, houve um aumento de mais de 25% nas fraturas que ocorreram em casa este ano e um aumento de 12% nas fraturas causadas por quedas de alta energia, como as de trampolim e queda de bicicleta.
Devido a medidas de distanciamento social - incluindo o fechamento de escolas e parques e o cancelamento de esportes coletivos durante a pandemia de coronavírus - as famílias passam mais tempo em casa. A mudança nas causas das fraturas deve-se aos pais que buscam outras atividades recreativas para seus filhos, disseram os autores do estudo publicado recentemente no Journal of Pediatric Orthopedics.
"Embora a taxa geral de fraturas tenha diminuído significativamente durante a pandemia do COVID-19, a proporção devido a lesões em bicicletas e trampolins aumentou substancialmente", disse o autor sênior Dr. Apurva Shah, cirurgião ortopédico do CHOP.
"É importante lembrar aos pais sobre a importância de precauções básicas de segurança com bicicletas e trampolins, pois muitas crianças estão substituindo essas atividades no lugar de atividades organizadas de esportes e escolas", acrescentou Shah em um comunicado à imprensa do CHOP.