Lúpus aumenta risco na gravidez
As mulheres grávidas com lúpus enfrentam complicações potenciais, incluindo um maior risco de parto prematuro, de acordo com um novo estudo dos EUA.
Uma auditoria de 10 anos de registros hospitalares descobriu que essas mulheres têm mais que o dobro do risco de dar à luz um bebê prematuro ou com crescimento restrito. A auditoria também descobriu que as transfusões de sangue são quase quatro vezes mais prováveis para futuras mães com lúpus, também conhecido como lúpus eritematoso sistêmico (LES).
Além disso, elas são 15 vezes mais propensas a desenvolver insuficiência renal durante o parto do que mães que não têm lúpus, de acordo com o relatório publicado online no RMD Open.
"Apesar dos extensos esforços ao longo dos anos, ainda existe um risco substancial de complicações maternas e fetais", disseram os pesquisadores em um comunicado à imprensa.
Embora as mortes maternas e fetais em mulheres com lúpus tenham caído ao longo dos anos, não está claro se as taxas de doenças graves também foram menores. Os pesquisadores, incluindo a Dra. Bella Mehta do Hospital for Special Surgery e Weill Cornell Medicine na cidade de Nova York, usaram dados de 2008 a 2017 da amostra nacional de pacientes internados para estudar a questão.
A amostra contém informações sobre mais de 7 milhões de internações hospitalares nos EUA todos os anos.
Cerca de 90% dos americanos com lúpus são mulheres. A equipe de pesquisa estimou que mais de 51.000 mulheres grávidas com lúpus foram internadas no hospital para dar à luz durante o período do estudo.
As mulheres com lúpus tendiam a ser mais velhas do que as mulheres sem a doença autoimune, cerca de 30 anos em comparação com 28. Elas também eram mais propensas a serem negras e mais propensas a ter o Medicare, o programa de seguro financiado publicamente.
Significativamente mais mulheres com lúpus tinham condições coexistentes, observaram os autores do estudo.
As mulheres grávidas com lúpus tinham três vezes mais chances de ter uma complicação grave relacionada à gravidez chamada eclâmpsia ou coagulação sanguínea anormal nos vasos sanguíneos do corpo. Eles também eram 11 vezes mais propensos a ter distúrbios cardíacos e vasculares periféricos e mais propensos a ter problemas médicos gerais, mostraram os resultados.
Seus bebês eram mais propensos a ter restrição de crescimento (8% em comparação com 3% das mulheres sem lúpus) e nascer prematuramente (cerca de 15% em comparação com 7%).
"Nosso estudo demonstra que a morbidade fetal e a morbidade materna grave ocorrem em uma taxa mais alta em pacientes com LES em comparação com aquelas sem LES. Este trabalho quantitativo pode ajudar a informar e aconselhar pacientes com LES durante a gravidez e o planejamento", concluiu a equipe do estudo.
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Escrito por: Cara Murez
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