Saúde lidera vendas no e-commerce
Por Suprevida
As compras on-line definitivamente caíram nas graças dos brasileiros, prova disso é que em 2018 58 milhões de brasileiros fizeram ao menos uma compra on-line, sendo 10 milhões novos consumidores, ou seja, que fizeram a sua primeira compra na internet em 2018, segundo o mais recente Webshoppers, principal referência para os profissionais do segmento e-commerce. Também em 2018, o faturamento do comércio eletrônico ultrapassou 53 bilhões. A previsão é de que salte para mais de 60 bilhões em 2019.
Mais: dados da Compre&Confie apontam que no primeiro trimestre de 2019 o comércio eletrônico já apresentou crescimento de 23%.
O segmento de saúde lidera o crescimento do comércio virtual – particularmente aquele feito pelo smartphone – devido ao aumento expressivo no número de pedidos. Segundo a Webshoppers, o setor, que também agrega perfumaria e cosméticos, registrou 112% mais pedidos do que em 2018.
ESTE É REFLEXO DIRETO DA CHEGADA DE NOVOS CONSUMIDORES – CERCA DE 10 MILHÕES EM 2018 – E DO PERFIL DE CONSUMO: FORTALECIMENTO DA CATEGORIA SAÚDE, PERFUMARIA E COSMÉTICOS, SEGUNDO O WEBSHOPPERS.
O crescimento também reflete a grande ebulição do setor, com a entrada de novos players, e o amadurecimento do consumidor brasileiro. Ele está mais conectado, consciente e contestador, o que significa que, hoje, ele é capaz de fazer uma compra mais racional. “Os consumidores estão ganhando cada vez mais confiança para realizar suas transações via dispositivos móveis”, disse Alejandro Vazquez, co-fundador da Nuvem Shop ao site Mercado e Consumo.
Crescimento do interesse
Os números promissores do e-commerce na área de saúde resultam de uma conjunção de fatores, entre eles o envelhecimento da população. Com a inversão da pirâmide de idade – hoje a maior faixa de população tem entre 30 e 80 anos –, criou-se uma nova demanda para o setor farmacêutico e de produtos médicos. Mais produtos estão sendo lançados – boa parte deles, hoje disponível na internet. De acordo com o Sebrae, o setor desponta com grande destaque, já representando quase 7% do PIB.
O envelhecimento da população também acabou contribuindo para a mudança do perfil do comprador on-line. Se durante muitos anos ele composto de jovens e adultos jovens, hoje mudou de figura. Segundo estudo do Sebrae, 36% dos compradores têm entre 35 e 49 anos. Além disso, com maior número de idosos, os gastos com medicamentos, produtos e aparelhos médicos também acaba por crescer.
Por outro lado, os idosos cada vez mais buscam qualidade de vida, o que significa um aumento crescente por produtos que possam tornar a sua vida mais independente e sua condição médica mais manejável.