Seus genes podem afetar a recuperação de uma ferida
Por Robert Preidt
Seus genes podem ter um grande impacto nas bactérias de suas feridas e na rapidez com que você se recupera, mostram novas pesquisas.
Os pesquisadores disseram que suas descobertas podem ajudar a melhorar o tratamento de feridas.
Feridas crônicas - aquelas que não mostram sinais de cura em três semanas - podem ser caras, e a infecção bacteriana retarda o processo.
Uma variedade de espécies bacterianas está presente em feridas crônicas, mas não está claro por que certas são encontradas em algumas infecções de feridas e outras não.
Para saber mais, os pesquisadores investigaram a ligação entre a diversidade de genes e bactérias em feridas crônicas.
Eles associaram variações de dois genes-chave - TLN2 e ZNF521 - ao número de bactérias nas feridas e à abundância de bactérias nocivas, principalmente Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus epidermidis.
Feridas infectadas por Pseudomonas tinham menos espécies de bactérias - e feridas com menos espécies eram mais lentas para cicatrizar, descobriram os pesquisadores.
Os resultados sugerem que a variação genética influencia os tipos de bactérias que infectam as feridas, bem como o processo de cicatrização.
O estudo de Caleb Phillips, professor assistente de biologia na Texas Tech University em Lubbock, e colegas, foi publicado on-line em 18 de junho de 2020 na revista PLOS Pathogens.
Os autores descreveram seu estudo como o primeiro a identificar como os genes influenciam as bactérias e a cicatrização de feridas.
"Este estudo demonstra a capacidade de encontrar variantes nos genomas das pessoas que explicam diferenças nos microrganismos que infectam suas feridas. Espera-se que essas informações guiem novos conhecimentos sobre os mecanismos de infecção e cura e o estabelecimento de biomarcadores preditivos que melhorem o atendimento ao paciente," disseram os autores em um comunicado de imprensa da revista.