Consumo de proteínas: os reflexos na saúde do idoso
Ingestão de proteínas fica mais importante à medida que envelhecemos
Alimentar-se bem talvez seja uma das mais importantes atitudes que todos devemos tomar à medida que envelhecemos. Acontece que, com a idade, boa parte dos idosos se alimenta mal. A longevidade, sentimos dizer, reduz o odor e o paladar, o que faz com que muitos idosos passem a comer menos. Dificuldade para cozinhar e problemas dentários – nas dentaduras, por exemplo – também contribuem para a má alimentação.
Um dos nutrientes mais importantes para o grupo da terceira idade é a proteína. Várias evidências já mostraram que a ingestão de proteína é ainda mais importante para o idoso acima de 65 anos do que para adultos jovens, por ajudar na recuperação de doenças e por contribuir para que ele se mantenha saudável.
Por que proteína?
Nosso corpo é composto basicamente de água e de proteínas. As proteínas são tão importantes para o funcionamento do organismo que já chegaram a ser chamadas de blocos de construção da vida.
Elas participam de praticamente tudo o que acontece no nosso corpo. Veja alguns exemplos:
- músculos são feitos de proteína
- pele e unhas basicamente são feitos de proteínas
- boa parte dos hormônios também são proteínas, assim como os anticorpos, o nosso exército de defesa contra organismos invasores (bactérias e vírus)
Dá para perceber o quanto esse nutriente é fundamental para que o organismo funcione e se mantenha saudável.
O que causa o baixo consumo?
A baixa ingestão de proteínas – comum na terceira idade - contribui para a perda de massa muscular - a chamada sarcopenia –, para o surgimento de osteoporose e para a menor resposta imunológica, ou seja, para a maior facilidade de o idoso ficar doente por não conseguir combater infecções.
Com o baixo consumo de proteínas vem a perda de força muscular, que torna a realização de tarefas simples como fazer compras de supermercado mais penosas. Vem, também, a redução de mobilidade, a dependência de terceiros para cumprir rotinas cotidianas, e o aumento do risco de quedas. Mais: com ela, vem a obesidade e o aumento das chances de desenvolvimento de doenças crônicas, de doenças do coração e de hospitalizações.
Quanto comer
Vários estudos demonstraram que o idoso deve, sim, ingerir mais proteína do que um adulto jovem. Um dos maiores estudos a respeito concluiu que pessoas acima de 65 anos deveriam ingerir, diariamente, de 1 g a 1,2 g de proteína por quilo corporal. Isso significa que um idoso de 70 quilos, deveria consumir de 70 g a 84 g de proteína por dia.
Só para que se tenha uma ideia, a recomendação é de que adultos consumam 0,8 g de proteína por quilo corporal por dia. Comparativamente, essa mesma pessoa de 70 quilos deveria ingerir 56 g de proteína diariamente.
Pode parecer muita proteína ao primeiro olhar, mas, ao contrário do que muita gente pensa, existem poucas ou nenhuma evidência de que o alto consumo de proteína cause problemas renais. Claro, em pessoas saudáveis e sem problemas renais prévios.
Idosos com doenças crônicas ou agudas, segundo esse mesmo estudo, precisam de uma dose extra de proteína: de 1,2 a 1,5 g diárias por quilo corporal. O idoso de 70 quilos doente, precisaria, portanto, de 84 g a 105 g diárias.
A única exceção ao alto consumo vai para idosos que tem doenças renais graves, pois eles precisam reduzir drasticamente o consumo de proteínas.
Importância dos suplementos
Ingerir até mais de 100 g de proteínas todos os dias nem sempre é fácil. Daí a importância da suplementação. Primeiro, porque os suplementos contêm proteínas de alto valo biológico. Segundo, porque a absorção é mais rápida e, misturados a um líquido como um suco, são mais fáceis de ingerir e de preparar.
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