Curativo de alginato no tratamento de feridas
Para que serve o curativo de alginato?
Se você está perdido em meio às dezenas de tipos de curativo à venda no mercado, saiba o que é e para que servem as bandagens à base de alginato.
O que é?
Os curativos à base de alginato estão no mercado desde meados dos anos 80. Eles contêm fibras de cálcio e/ou de magnésio retiradas de algas marinhas marrons e são extra-absorventes: são capazes de absorver cerca de 15 vezes o seu peso em líquido. O alginato é uma substância presente nas células dessas algas, assim como o cálcio e o magnésio.
Uma de suas grandes vantagens é que são flexíveis, conseguindo se adaptar a várias partes do corpo, formatos e profundidades de feridas, conseguindo cobri-las por completo.
Outra vantagem é que ele não precisa ser trocado diariamente, garantindo grande conveniência e estimulando o doente a não interromper o tratamento.
Como funciona?
O alginato presente no curativo se transforma em uma espécie de gel quando em contato com os fluidos da ferida. Esse gel absorve o excesso de fluido, mas mantém o ambiente da ferida úmido, ajudando a promover o crescimento de novo tecido cutâneo por assegurar que o local não esteja totalmente seco.
As fibras da cobertura são capazes de “prender” bactérias e outros detritos, mantendo o local limpo e reduzindo o risco de infecções.
O curativo também é uma boa pedida para quem tem uma ferida sanguinolenta, já que o cálcio presente nele ajuda a estancar o sangramento.
Algumas marcas de curativos adicionaram à bandagem zinco ou prata, que são materiais antimicrobianos.
Curativos de alginato podem ser usado por, no máximo, 7 dias. Se a ferida estiver infeccionada, a troca deverá ser feita a cada 24 horas. Em caso de sangramento, a cada 48 horas. Mas é importante lembrar que só o seu médico vai poder orientá-lo sobre a periodicidade da troca da cobertura.
Para que é indicado?
Para diversos tipos de feridas, em que há de moderado a grande nível de fluido drenando delas, ou para feridas que sangram. O curativo de alginato não foi feito para feridas com pouca ou quase nenhuma drenagem porque ele pode ressecá-las demais, prejudicando a cicatrização. Além disso, se não houver formação do gel – algo que só acontece quando o alginato entra em contato com o fluido (exsudato), corre-se o risco de a cobertura grudar na ferida e machucá-lo.
Veja algumas situações para as quais ele é recomendado:
- úlceras do pé diabético;
- úlceras venosas;
- lesão por pressão;
- queimaduras de 2 grau;
- feridas traumáticas.