Ferida aguda e ferida crônica: como diferenciar?
Você sabe a diferença entre ferida aguda e crônica?
Lesões na pele fazem parte da vida. Quando pequenos, em meio às brincadeiras e diversões, frequentemente nos ralamos e cortamos. Quando mais velhos, estamos expostos a acidentes, cirurgias as mais variadas, que podem danificar o tecido cutâneo. Do nascimento ao último dia de nossas vidas, vamos experimentar diversas vezes danos na pele e reparações na pele.
Felizmente, na maior parte das vezes, o processo de cicatrização segue o seu curso e depois de um breve período de tempo, a ferida é fechada e o tecido é refeito. Isso é o que se chama de ferida aguda. Todas as feridas, no momento da lesão, são consideradas agudas. Acidentes, traumas e cirurgias são situações que podem gerar feridas agudas.
Eis alguns exemplos:
- cortes cirúrgicos;
- queimaduras;
- laceração, ou seja, um corte ou rasgo na pele;
- abrasão, ou seja, ralar a pele.
Os sintomas de uma ferida aguda variam bastante, mas, geralmente, incluem dor, inchaço, vermelhidão e até mesmo sangramento.
Infelizmente, nem sempre a cicatrização segue perfeita. Algumas vezes, a cascata de eventos que leva ao fechamento do machucado é quebrada em algum ponto, fazendo com que a cicatrização leve muito mais tempo para ser completada ou mesmo que ela não aconteça. Feridas que se enquadram nessa situação são chamadas de crônicas.
Pessoas cujas feridas persistem ao longo do tempo têm sérios problemas de saúde e pouca qualidade de vida. A incidência de feridas crônicas vem crescendo à medida que a população mundial está envelhecendo e, como resultado, doenças como hipertensão e diabetes tem se tornado mais prevalente.
Conheça alguns tipos de feridas crônicas:
- úlcera por pressão;
- úlcera do pé diabético;
- úlcera venosa.
Para que se tenha uma ideia, as úlceras por pressão, venosas e neuropáticas (a do pé diabético se encaixa nessa categoria) correspondem a 70% de todas as feridas crônicas.
Várias coisas podem levar uma ferida a se tornar crônica. Veja só:
- Má alimentação ou desnutrição – Dietas pobres em proteína retardam a cicatrização, podendo torná-la crônica. A melhora da dieta pode reverter esse quadro, abrindo a possibilidade de a ferida ficar curada. Seja por meio de um reforço na alimentação, seja por meio de suplementação, é importantíssimo manter um bom fornecimento de nutrientes, especialmente quando se tem uma ferida;
- Infecção – Bactérias liberam substância que destroem compostos essenciais para a cicatrização, além de aumentar a resposta inflamatória. Combater a infecção pode fazer com que o machucado feche;
- Condições que enfraquecem o sistema de defesa – Câncer, Aids e pessoas que se submetem à radioterapia;
- Condições que levam à baixa oxigenação dos tecidos – O oxigênio é essencial para que a cicatrização ocorra. Doenças como o diabetes, que prejudicam a circulação, e fumo podem levar os tecidos a ficarem pouco oxigenados, aumentando as chances de a ferida se tornar crônica.