Sódio realmente faz mal? Descubra aqui

Por Suprevida

Dificilmente alguém fala de sódio sozinho. Geralmente, nos referimos a ele porque ele é um dos componentes do sal. O sódio, na realidade, é um eletrólito importantíssimo para o corpo, porque ele ajuda a manter o balanço de água dentro e ao redor de nossas células. Ele também é essencial para que os músculos se contraiam – inclusive o coração, que é um músculo – e para que o sistema nervoso funcione, além de ajudar a manter a pressão arterial estável.

Infelizmente, nós, brasileiros, consumimos muito sal e, portanto, muito sódio. De acordo com reportagem no site da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), consumimos 2,5 vezes mais sal do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde: 4,5 g por pessoa, enquanto a OMS recomenda no máximo 2 g. “A maioria de nós nem sequer sabe o quanto de sódio consome. Isto porque a maior parte do sódio que consumimos está escondido em alimentos processados, prontos para consumo”, disse Branka Legetic, consultora da OPAS/OMS para doenças crônicas não-transmissíveis ao site da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS).

A verdade é que a maior parte do sal que ingerimos não vem do tempero propriamente dito, mas daquele que está escondido em comidas industrializadas como sopas em pó, macarrão instantâneo molhos e até em alguns cereais.

Polêmica
Mas será que tanto sódio é realmente ruim para a saúde? Acredite, ainda há muita controvérsia a respeito disso mesmo entre os cientistas. Há quem defenda que o excesso – qualquer um - faz mal ao coração. Outros, que só pessoas com determinados fatores de risco seriam prejudicadas pelo excesso do eletrólito.

O que hoje se sabe com certeza é que o sódio aumenta a pressão arterial. Comer muito sódio faz com que os rins tenham de trabalhar dobrado para retirar o excesso de fluido do corpo e o excesso de fluido faz com que a pressão arterial suba. Com o tempo, isso faz com que os vasos sanguíneos fiquem enrijecidos e mais estreitos, reduzindo a chegada de oxigênio e sangue para áreas-chave do corpo: o coração e o cérebro, aumentando as chances de você ter um infarto ou um AVC.

Esse impacto negativo é mais poderoso em quem já sofre com hipertensão, diz o site da Faculdade de Medicina da Universidade Harvard. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a hipertensão causa 62% de todos os AVCs e 49% de outras doenças do coração.

Também se sabe que o sódio afeta as pessoas de maneira diferente, dependendo de nossa raça, idade, se somos obesos ou não e se temos histórico de hipertensão. Tem gente, inclusive, que pode não ser afetado por uma dieta rica em sal, segundo o site Healthline. Outros, com a ingestão de apenas pouca quantidade mais de sódio já tem elevação da pressão arterial. Essas pessoas, sensíveis ao sódio, têm que tomar o dobro do cuidado com suas dietas e com a sua saúde. Mas seja você sensível ao sódio ou não, o importante é procurar limitar a quantidade desse eletrólito na dieta.


Câncer no estômago

Vários estudos também têm mostrado que o aumento no consumo de sódio pode aumenta o risco para câncer no estômago. Um deles, por exemplo, reviu os dados de saúde de mais de 260 mil pessoas e descobriu que aqueles que consumiram mais sal tiveram um risco 68% maior do tumor do que aqueles que maneiravam no sal.


Como substituir o sal
Sim, o sal realça o sabor dos alimentos. Mas é possível substitui-lo sem que os alimentos fiquem parecendo comida de hospital. Várias ervas, quando usadas para temperar o prato, acabam por fazer esse papel, como a páprica, alecrim etc. No supermercado, é possível encontrar vários mix de ervas “sodium-free”. Vale provar.

Abaixo, você encontra duas receitinhas, para fazer em casa:

• faça um sal de ervas com 1 colher de chá de manjericão, 1 de chá de orégano e raspas de limão a gosto. Bata tudo no liquidificador. É um ótimo tempero para a salada, por exemplo.
  
  
• bater no liquidificador 1 cabeça de alho, 1 cebola e um pedaço pequeno de gengibre é um bom substituto para o tempero do arroz e do feijão.