Tudo o que você precisa saber para escolher o melhor estetoscópio
Por Suprevida
Procure no Google fotos de médicos. Praticamente 100% das que você vai encontrar é de um sujeito com jaleco branco e um estetoscópio pendurado no pescoço. Não por acaso: nenhum instrumento é tão simbólico dessa profissão quanto o estetoscópio, porque com ele é possível dar uma checada nos sinais vitais de qualquer pessoa.
O que é isso? São os sons gerados pelo coração, pulmões, trato digestório e pela passagem do sangue no vasos sanguíneos. Esses sinais vitais, juntamente com a medida da pressão arterial e da temperatura, são os primeiros indicativos de se algo está errado com o seu paciente.
Por isso, é fundamental investir num bom equipamento, pois ele vai impactar positivamente no seu diagnóstico, fazendo com que ele seja preciso e confiável e fazendo com que o seu paciente se sinta seguro em suas mãos. Por isso, toda atenção é pouca ao considerar a compra de um estetoscópio apenas pelo preço, pois o barato pode sair caro.
Isso é o que você deve levar em conta quando for comprar o seu estetoscópio:
- Qualidade do som
Acredite, nenhum estetoscópio é igual, o que significa que a qualidade do som pode variar consideravelmente, dependendo do modelo ou da marca. Três coisas afetam a qualidade do que você ouve – e não tem nada a ver com a sua capacidade de escutar! São o design da cabeça do estetoscópio, aquela parte que fica colada ao peito do paciente também chamada de peça auscultatória; o tubo de condução e as olivas auriculares, que são uma espécie de fone de ouvido que é introduzido no ouvido do médico.
Tão importante quanto você ouvir com clareza os sinais vitais do seu paciente, para que possa identificar se há algo errado com ele, é o estetoscópio não deixar vazar ruídos do ambiente, algo que você considera, por exemplo, quando vai escolher um fone de ouvido.
Você deverá encontrar no mercado estetoscópios com olivas mais e menos macias. Cada profissional tem uma preferência, mas é importante que elas se encaixem bem ao seu canal auditivo e que elas sejam fáceis de remover para limpeza ou troca por novas.
Quanto ao tubo, é bom saber que tubo único gera menos ruído, porque dois tubos raspando um no outro podem interferir no som dos sinais fisiológicos do seu paciente.
A cabeça do equipamento tem duas partes: o diafragma e a campânula. O diafragma é uma peça de plástico que fica em contato com o tórax do seu paciente e que vai captar os sons emitidos pelo corpo. Já a campânula é um suporte onde fica o diafragma, feita para amplificar o som.
Algumas marcas de estetoscópio permitem inclusive alterar o modo de escuta: diafragma, em que é possível ouvir sons de alta frequência, como os da respiração e do coração, ou campânula, para ruídos mais sutis, como um sopro no coração, por exemplo.
- Precisão
É essencial considerar o quão preciso é o estetoscópio. A acurácia do equipamento está ligada a quão bem ele consegue levar o som até os ouvidos do médico. Estetoscópios eletrônicos, por exemplo, são mais indicados para quem trabalha em um ambiente barulhento, pois eles são capazes de aumentar o volume do ruído em até 10 vezes.
Os analógicos, desde que tenham um tubo de condução grosso, que ajuda a amplificar o som, também dão conta do recado.
- Qual a sua especialidade?
A sua especialidade é algo que vai determinar se você deve investir em um estetoscópio de alta performance. Profissionais cujas especialidades exigem uma auscultação precisa, como um cardiologista ou pneumologista, certamente precisarão levar isso em consideração.
- Facilidade para limpar
Por fim, verifique se é fácil limpar o seu companheiro de trabalho. Um estudo de 2017 mostrou que 80% dos estetoscópios são contaminados com bactérias infecciosas. Isso dá uma boa ideia de que a maioria dos equipamentos escolhidos pelo médico podem ser difíceis de desinfetar com álcool. Fique atento a isso.