Que lições ficarão para as organizações num mundo pós-pandemia?
Por Suprevida
Nessas muitas semanas que sucederam o início do período de quarentena, e agora o lockdown, como temos visto em alguns Estados do Nordeste, empresas de diferentes segmentos se mobilizaram para dar conta do atendimento a seus consumidores, mas também para minimizar os danos causados pela crise.
O mundo, pelo que temos visto, não será mais o mesmo. Que lições as organizações deverão aprender se desejam manter-se relevantes depois que o coronavírus estiver sob controle?
1. Flexibilidade no trabalho será um ponto central
Em 2014, quando o inverno foi pesadíssimo nos EUA, impedindo muita gente de trabalhar, as empresas que foram mais flexíveis com os seus colaboradores foram as que melhor responderam nesse período.
Algo parecido está acontecendo nesta crise com as organizações. Não se trata apenas de estarem preparadas para lidar com metade a até 100% dos seus funcionários em home office, mas também de entender que é preciso que, em casa, o colaborador tenha certa flexibilidade para trabalhar. Afinal de contas, muitos empregados passaram a ter de dar conta de suas funções e metas ao mesmo tempo em que têm de lidar com a educação dos filhos e todos os demais desafios que acontecem quando se está em casa.
Querer que o colaborador se sente em frente a um computador e tenha atenção plena apenas para o trabalho é quase impossível. As organizações que entenderem isso e aceitarem que é necessário haver uma certa flexibilidade deverão ganhar destaque daqui para frente.
2. Ter uma cultura corporativa responsável é essencial
Muito se fala de cultura corporativa e a imensa maioria das empresas afirma ter uma cultura responsável. Porém, logo no início da crise, vimos muitas organizações simplesmente mostrarem o quanto não confiavam no seu corpo de colaboradores.
Quando o home office se fez necessário devido às orientações de distanciamento social, algumas organizações chegaram a se manifestar dizendo que seus empregados queriam moleza e que queriam abandonar o barco.
Porém, aquelas organizações que tinham uma cultura corporativa responsável e comprometida com os seus colaboradores foram aquelas que não só levaram menos tempo para reagir e se adaptar como foram aquelas que tiveram os maiores índices de engajamento de seus empregados.
O envolvimento dos funcionários e outros stakeholders não só é fundamental para a criação de uma forte cultura corporativa como também é meio caminho andado para a empresa demonstrar o seu valor dentro de seu ecossistema organizacional. Equidade, política de diversidade, práticas de gerenciamento baseadas na confiança são essenciais para criar uma cultura que valoriza a tolerância, a inclusão, a solidariedade e a resiliência.
Daqui para frente, é certo que os empregados cobrarão essa postura das organizações para as quais trabalham e os novos talentos estarão atentos a isso.
3. Responsabilidade social
Tempos de crise sanitária exigem ainda mais responsabilidade social das organizações Logo no início da quarentena, vimos muitas empresas querendo tirar proveito da situação e aumentando o preço de seus produtos.
Hoje, o consumidor está mais atento do que nunca à postura das marcas. Num momento em que a resposta à pandemia exige espírito colaborativo, solidariedade e atenção a quem necessita de ajuda, querer aproveitar o momento para aumentar ainda mais os lucros é algo que poderá contribuir para a má reputação de organizações. No ambiente cada vez mais digital e competitivo, reputação é tudo.
Felizmente, muitas empresas estão mostrando se importarem verdadeiramente com a sociedade que as cerca e com o seu corpo de colaboradores. Não só muitas firmaram um compromisso de não demitirem até que a pandemia dê sinais de enfraquecer como outras estão usando a sua infraestrutura para produzir produtos que ajudam na prevenção da doença, como álcool e máscaras.
4. Migração para o ambiente digital
Se o ritmo do mundo pré-coronavírus já era rápido, a pandemia mostrou que as organizações não podem mais se dar ao luxo de pedir tempo para se adaptarem.
Se antes da pandemia a adaptação dos negócios ao universo digital era uma necessidade, a crise do COVID-19 mostrou que o digital se tornou central em todas as interações. O principal impulsionador desse movimento são as pessoas.
Forçados a trabalhar em casa, todos nós também fomos forçados a nos adaptar digitalmente, das reuniões de trabalho ao encontro com os amigos. Das compras de supermercado à compra de medicamentos. Esses comportamentos não vão desaparecer depois que a quarentena terminar.
O apetite do consumidor por serviços delivery e pela aquisição de produtos e serviços online continuará após o término da crise. As empresas que sairão na frente serão aquelas que oferecerem conforto e conveniência aos seus consumidores. O mundo pós-coronavírus verá os canais digitais se tornarem o principal (e, em alguns casos, único) modelo de engajamento do cliente.
Os consumidores estão testemunhando muitas empresas escalar suas iniciativas em questão de dias ou semanas. As maneiras pelas quais elas vêm aprendendo e se adaptando à crise de hoje deverão influenciar profundamente o desempenho dessas organizações no mundo que virá com o fim da pandemia. Esse aprendizado também oferece a oportunidade de ganhar maior agilidade e estreitar laços com clientes, funcionários e fornecedores.
Um exemplo de empresa que conseguiu acelerar suas iniciativas é a Suprevida. Planos que estavam sendo pensados para daqui um ano foram rapidamente implementados, como a entrega express. O consumidor soube valorizar o esforço - as vendas na plataforma saltaram 60% desde o início da quarentena.
5. Como as empresas podem ajudar o consumidor a ser autossuficiente?
O “faça você mesmo” deve vir para ficar. Confinados em casa, todos nós estamos nos virando nos trinta e procurando aprender a ser autossuficientes. Corte de cabelo, manicure, corte e costura, gastronomia, enfim, todos estão procurando descobrir habilidades.
Analistas afirmam que pós-pandemia, o consumidor deverá estar mais cauteloso, trocando as compras por impulso pelas compras essenciais. Empresas que vendem bens de primeira necessidade, como por exemplo alimentos e produtos médicos, deverão se beneficiar.
Com a maior autossuficiência do consumidor, uma boa pergunta para as marcas é: “como podemos capacitar os consumidores a serem mais autossuficientes?
6. A experiência do cliente será mais fundamental do que nunca
Não importa se a empresa já estava no ambiente digital ou se ela migrou para o online durante a quarentena. Agora que uma grande parcela de nós teve de aderir e-commerce nesse período, percebeu a diferença entre marcas que investiram em User Experience (UX) e as que não investiram.
Portanto, a lição que deverá ficar é: o consumidor vai exigir mais e mais que a compra e a navegação pelo site da organização seja amigável, eficiente e principalmente segura.